Pesquisa calcula 13,9 milhões de usuários de banda larga móvel no Brasil

No entanto, 61% dos entrevistados não enxergam o serviço como útil.

17/09/2010
Do Tele.Síntese

O Brasil contava ao final do terceiro trimestre de 2010, ou seja, em  junho, 13,9 milhões de acesso de banda larga móvel, dos quais 3,5 milhões a partir de terminais de dados 3G e 10,4 milhões via aparelhos celulares. Os números obtidos pela 5a. edição da pesquisa MAVAM, produzida pela Acision, indicam, ainda, que a banda larga móvel pode ser acessada por 65,2% da população, a partir de 13,3% dos municípios brasileiros.

Para José Luiz De Souza, diretor da Teleco e coordenador da pesquisa, no entanto, a expansão do serviço esbarra em um sério problema para as operadoras: a percepção de 61% dos entrevistados, que não enxergam o serviço como algo necessário. “Outro complicador é o fato de 42% dos brasileiros ouvidos considerarem o preço do serviço muito alto”, informa o especialista.

Souza ressalta outra característica do cenário nacional apurada pela pesquisa: entre os 5% que acessam a internet por aparelhos móveis, 82% o fazem para uso pessoal; enquanto 8% a utilizam profissionalmente ou comercialmente. O mapa dos acessos à internet, por sua vez, ainda concentra 65% por meio da banda larga fixa ou chamada discada; 2% via smartphone; e 3% através de modem 3G.

Segundo o pesquisador, os problemas mais frequentes nos acessos à banda larga móvel são as baixas velocidades — lembradas por 65% dos usuários –, a impossibilidade de conectar-se à internet, ressaltadas por 51% dos ouvidos; a falta da cobertura da rede, para 49%; e a dificuldade de se manter conectado, para 35%.

Para Souza, parte desses problemas estaria no congestionamento da rede. Segundo ele, 5% dos usuários brasileiros consomem até 80% do tráfego da rede. “É um índice semelhante ao que encontramos nos serviços tradicionais de voz: 25% dos clientes são responsáveis por até 75% do tráfego de voz”, informa. As principais atividades realizadas ao celular pelos brasileiros são ouvir música — 57%–, fazer uso de jogos, 40%; assistir a vídeos, 5%; e assistir TV, para 2%.

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