03/08/2010
Do Tele.Síntese
Embora a rede de terceira geração da TIM seja bem menor do que a de seus concorrentes (ela deverá chegar a cerca de 300 cidades com 3G no final do ano) a operadora pretende traçar uma estratégia de preços agressiva (nos moldes de sua política de longa distância, que a fez pular para o primeiro lugar nesse quesito) para atingir os usuários da classe C que acessam hoje a internet apenas pelas lan houses. “ Hoje, uma família chega a gastar até 20 reais por mês nas lan houses. Este valor é muito maior do que o ARPU do meu pré-pago”, explicou o CEO da empresa, Luca Luciani.
Ele lembrou que, antes do lançamento de seu plano Liberty, os usuários do pré-pago praticamente não faziam chamadas de longa distância. Atrair o cliente para o uso da rede é o que ele pretender fazer também com a comunicação de dados. Segundo o executivo, a operadora não muda seu foco, de continuar a priorizar os serviços de voz – afinal eles são responsáveis por 87% do ARPU (conta média/mês) da empresa – mas vai ampliar o mix da oferta de serviços de comunicação de dados, visto que eles contribuíram com 17% de crescimento nas receitas do trimestre, comparado ao 2T09.
Investimentos
Devido à mudança do método de apuração contábil (a partir do segundo semestre, a TIM sai do BF-GAAP para o padrão internacional IFRS) os investimentos da empresa este ano deverão ser R$ 500 milhões maiores, chegando a R$ 3 bilhões em dezembro, informou o executivo. Segundo ele, 60% dos recursos serão investidos a partir de agora, dos quais 33% serão direcionados para os serviços de voz, 33% para os serviços de comunicação de dados e 33% para reforçar a rede de transmissão.
O executivo negou as informações publicadas pelo Tele.Síntese e outros jornais, de que a sua empresa estaria procurando um sócio nacional para substituir a Telefónica no controle da Telecom Itália, conforme informaram fontes do governo brasileiro.