Conexão Social – Computador para Todos – Financiamento não vai faltar

Os bancos oficiais estão com suas linhas de financiamento prontas para atender aos interessados em comprar micros, dentro do programa Computador para Todos. Os juros dos recursos do FAT não vão passar de 2%, ao mês.


Os bancos oficiais estão com suas
linhas de financiamento prontas para atender aos interessados em
comprar micros, dentro do programa Computador para Todos. Os juros dos
recursos do FAT não vão passar de 2%, ao mês.


As linhas de financiamento dos bancos
oficiais para o programa Computador para Todos estão prontas: o Banco
Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Caixa
Econômica Federal (CEF) e o Banco do Brasil (BB) já estipularam, cada
um na sua área, prazos, taxas de juros e condições para financiar, para
o consumidor final, as máquinas cuja configuração esteja de acordo com
as especificações determinadas no programa do governo.


Leal, do BNDES: nova modalidade
de operação para atender ao varejo.

O BNDES está abrindo uma exceção em suas operações de financiamento,
segundo o chefe do departamento de operações indiretas, Claudio
Figueiredo Coelho Leal, porque se convenceu do mérito do programa.
“Além do mérito intrínseco, que é promover a inclusão digital da
população de baixa renda, esse programa vai ajudar a fomentar a
indústria nacional de equipamentos para informática”, explicou ele.
Assim, como o banco não costuma fazer financiamento para o consumo, nem
para pessoas físicas, nem para programas isolados, foi necessário criar

uma nova modalidade de operação, segundo Leal.

De qualquer forma, a atuação do BNDES, no programa Computador para
Todos, vai se concretizar só por intermédio da rede varejista:
diretamente, para as grandes redes, ou indiretamente, via agentes
financeiros, para as redes menores. Nas operações diretas, o banco
estabeleceu um mínimo de R$ 3 milhões para conceder o financiamento ao
varejo; abaixo disso, será via agentes financeiros. O financiamento
direto ao fabricante, reivindicado por algumas montadoras de micros de
menor porte, não está contemplado na modelagem aprovada pelo BNDES,
afirma Leal.

Das grandes redes de varejo, o BNDES vai cobrar a Taxa de Juros de
Longo Prazo (TJLP) e mais 4,5%, ao ano, que é a remuneração do banco.
Mas, se a cadeia varejista se comprometer a cobrar, dos consumidores
finais, uma taxa de juros de até 2,5%, ao mês, o BNDES reduz a sua
remuneração para 1%. Leal avisa que esse compromisso tem que ser
apresentado no ato da concessão do financiamento. E haverá punições
para quem não cumprir o compromisso.

A garantia que o BNDES vai cobrar, segundo Leal, será correspondente a
1,3% do valor do financiamento. Mas o varejista terá um prazo total
para pagar de até 30 meses, sendo que os primeiros seis meses serão de
carência e os 24 meses restantes, de amortização. “Portanto, o
varejista já terá recebíveis quando começar a pagar”, observou Leal.

Nas operações indiretas, o procedimento será semelhante ao das demais
operações realizadas pelo BNDES nessa modalidade, como o Finame, por
exemplo. Ou seja: os recursos serão entregues ao agente financeiro, ao
custo máximo de 1,5% ao ano, mais a TJLP. E o agente financeiro
repassará ao comércio, cobrando a TJLP e mais, no máximo, 2,5%, ao ano.

Banco do Brasil

No Banco do Brasil, a operação recebeu o nome de BB Crédito PC
Conectado (foi batizada antes de
Petronio, do Banco do Brasil:
crédito liberado para 15,3 milhões
de clientes.
o nome do programa do governo mudar
para Computador para Todos) e está disponível para 15,3 milhões de
clientes do banco que já têm crédito pré-aprovado, segundo o gerente
Luís Demétrio Petronio. Trata-se de uma operação de crédito direto ao
consumidor (CDC) e os interessados poderão requisitar o financiamento
por meio do cartão de débito BB Visa Electron ou do cartão de crédito
Ourocard Visa. Basta ir à loja, escolher o computador – dentre os que
fazem parte do programa – e usar o cartão para fazer o pagamento (Veja
o quadro com as condições de pagamento).

Caixa Econômica

A linha da Caixa Econômica Federal é praticamente igual à do Banco do
Brasil (veja o quadro com as condições de pagamento). Da mesma forma, a
CEF vai, num primeiro momento, dar prioridade aos seus clientes e, de
preferência, àqueles que tenham renda mensal entre três e sete salários
mínimos (entre R$ 900,00 e R$ 2,1 mil), segundo o superintendente
nacional de empréstimos e financiamentos à pessoa física, José Humberto
Maurício de Lira.

A diferença, no caso da Caixa, é que a operação será um pouquinho mais
complicada para os clientes. Lira explicou que o interessado em comprar
um computador deverá ir a uma agência da Caixa, munido de seus
documentos (incluindo um comprovante de renda), para que seja feita uma
avaliação de seu crédito. Além disso, o cliente não poderá comprometer
mais do que 20% de sua
Lira, da CEF: o cliente precisa
ir à agência para pedir o crédito.
renda com a prestação do computador. Assim, por
exemplo, se ele ganha R$ 600,00 por mês, não poderá pagar uma prestação
maior do que R$ 120,00. Mas Lira informa que a Caixa aceitará uma renda
informal para compor o total dos ganhos mensais do cliente.

Depois que o cliente tiver seu crédito aprovado pela agência da Caixa,
ele pode ir à loja de sua preferência e comprar o computador. Em
seguida, levar a nota fiscal à Caixa e assinar o contrato de
financiamento. A nota fiscal será anexada ao contrato e o valor da
compra será liberado para a loja, via crédito em conta corrente ou DOC.
A entrega do computador deverá ser combinada com a loja. A Caixa também
terá uma operação com a Cobra, semelhante àquela preparada pelo Banco
do Brasil: a transação será feita por intermédio da central de vendas
Uranet.

BANCO DO BRASIL

Público-alvo: 15,3 milhões de clientes com limite de crédito pré-aprovados

Valor do financiamento: até R$ 1.200,00
Encargos financeiro: até 2% a.m.
Prazos: de 2 a 24 meses
TAC (Taxa de Abertura de Crédito): 3,5% do valor financiado, com mínimo de R$ 15,00 e máximo de R$ 40,00
Abrangência: até 100% do valor do bem ou serviço
Carência: 59 dias para o pagamento da primeira parcela

OPERAÇÕES VISANET

BB faz convênio com as lojas, específico para a linha BB Crédito PC Conectado
O cliente BB compra o computador da empresa parceira, mediante
transação de crédito dos cartões Ourocard Visa ou BB Visa Electron no
POS Visanet (terminal) da loja, onde a opção PC conectado já estará
disponível – o financiamento é automático.
Efetuada a transação, a loja recebe o dinheiro à vista e entrega o computador para o cliente

COBRA
O cliente BB compra o computador pela central de vendas da Cobra (internet, call center ou loja credenciada)
A Cobra transmite a informação da compra para os sistemas do BB
O cliente dirige-se a qualquer terminal de auto-atendimento do BB e confirma a compra
A Cobra entrega o computador ao cliente por intermédio da logística dos Correios

BNDES
Financiamento só para varejistas

Direto:
somente operações acima de R$ 3 milhões
Juros: TJLP mais 4,5% ao ano
Se o varejista se comprometer a vender os computadores com juros
mensais até 2%, a taxa anual do financiamento do BNDES cai para TJLP
mais 1,5%.
Prazo: 30 meses, sendo 6 meses de carência e 24 de amortização
Garantias: aquelas aplicáveis às operações do BNDES

Indireto:
Via agentes financeiros.
BNDES repassa os recursos ao agente, com taxa de TJLP mais 1,5% ao ano
Agente financeiro pode cobrar, do varejista, TJLP e mais até 2,5% – se
o varejista se comprometer a vender os computadores com juros até 2%
a.m., essa taxa pode baixar para 1,5%.
Depois da venda efetuada, o agente financeiro repassa os recursos diretamente para o fabricante do equipamento.


CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

Público-alvo: inicialmente, clientes da Caixa, com renda mensal entre 3 e 7 salários mínimos.
Valor máximo de financiamento: R$ 1.200,00
Quota de financiamento: até 100% do equipamento
Taxa de juros: até 2% a.m. (pré-fixada)
TAC (Taxa de Abertura de Crédito): R$ 40,00 (incorporada)
Juro de acerto: incorporado ou não
Prazo: 24 meses
Amortização: tabela Price (prestações iguais)
Garantias: não tem

Possibilidade de escolha da melhor data para vencimento das prestações (com juros de acerto)
IOF dispensado
Prestação debitada em conta
Nota fiscal deverá ser apresentada no ato da assinatura do contrato e
nela deverá constar o código de controle/nº do selo do equipamento no
programa Computador para todos
Liberação do financiamento diretamente para o fornecedor do
equipamento, através de crédito em conta na Caixa, DOC ou cheque
administrativo.

Fluxo operacional DIRETO NA LOJA

Cliente dirige-se à agência, portando documentos necessários à avaliação de crédito
Cliente compra o computador na loja que preferir e leva a nota fiscal à Caixa (ou a loja passa por fax) para assinar o contrato
A agência anexa a nota fiscal ao contrato e libera o dinheiro para o fornecedor do equipamento, via crédito em conta ou DOC

FLUXO OPERACIONAL COBRA

Central de vendas Uranet
Central captura dados do cliente (CPF, endereço, etc.) e dados iniciais para a compra
Informa ao cliente para se dirigir a uma agência da Caixa com o código da pré-venda e documentos para análise de crédito
Agência acessa a Uranet, informa o CPF do cliente e confirma a venda
Solicita documentos e submete à avaliação no SIRIC
Formaliza o contrato, imprime o boleto Cobra e cliente faz o pagamento
Cobra envia o equipamento para o cliente