Agência Pública abre site para votação de reportagens investigativas

08/10 - Site foi financiado por meio de plataforma de crowdfunding. Repórteres que tiverem propostas de matérias escolhidas receberão bolsa para trabalhar.

Da redação

08/10/2013 – A Agência Pública, organização sem fins lucrativos que produz e promove o jornalismo investigativo no Brasil, lançou ontem (7) o site de votação do projeto Reportagem Pública (www.apublica.org/reportagempublica).

O projeto de jornalismo investigativo foi financiado coletivamente através da plataforma de crowdfunding Catarse. A campanha durou de meados de agosto até o dia 20 de setembro e arrecadou R$ 58.935 de 808 doadores. A fundação Omidyar, criada pelos fundadores do E-Bay, vai doar um real para cada real arrecadado junto ao público, chegando ao valor total necessário.   

A verba vai financiar bolsas de jornalismo no valor de R$ 6 mil para reporteres que enviaram suas propostas até a última sexta-feira. Inicialmente, o projeto previa a distribuição de 10 bolsas. Mas, como a arrecadação ultrapassou a meta minima em mais de R$ 10 mil, a Agência Pública poderá distribuir mais duas bolsas, totalizando DOZE repórteres de todo o Brasil que vão receber, além do financiamento, a orientação e apoio da Agência durante a apuração.

O projeto Reportagem Pública recebeu mais de 120 propostas de pauta de jornalistas de todo o país, incluindo estudantes e jornalistas experientes e premiados. As reportagens foram pré-selecionadas segundo os critérios de consistência na pré-apuração, experiência do repórter, capacidade de realizar reportagens de forma independente, segurança e viabilidade da investigação.

Foram pré-selecionadas 48 pautas, que já estão em votação através do site. Aqueles que doaram para o crowdfunding terão até o dia 20/10, domingo, para votar nas suas 12 reportagens favoritas. Mas o projeto é aberto para todo mundo que quiser colaborar, mesmo que não tenha doado para o crowdfunding.

Cada proposta de reportagem pode ser comentada e compartilhada através das redes sociais. Quem quiser interagir diretamente com o repórter pode usar o site para fazer isso.

“A ideia é justamente que mais pessoas colaborem com ideias, fontes, informações sobre a pauta, ou até se voluntariem para apoiar o repórter na apuração. Acreditamos que dá sim para fazer jornalismo investigativo de maneira colaborativa, e estamos construindo uma comunidade que aposta nessa ideia”, diz Natalia Viana, codiretora da Agência Pública.