Conexão Social – Laptops para os alunos

O projeto do PC portátil de US$ 100 foi idealizado para atender estudantes e projetos na área da educação.


O projeto do PC portátil de US$ 100 foi idealizado para atender estudantes e projetos na área da educação.


Placa GoGo, desenvolvida
no Media Lab.
O desenvolvimento do laptop de US$ 100, levado a cabo pelo MIT, um dos pólos de desenvolvimento de tecnologia dos EUA, não é só um hardware,
é um programa de educação. Ampliar o acesso aos computadores é o
primeiro passo para estimular seu uso na Educação, mas não o único. “O
mais difícil é disseminar o conhecimento sobre como usar as máquinas
para expressar idéias, construir coisas”, diz David Cavallo, diretor do
Media Lab do MIT.


Para desenvolver um laptop de US$ 100, com processador de 500
MHz, 128 DRam, 5 GHz de disco, 4 portas USB e uma bateria de pelo menos trêsSpray
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL:
técnicas para computadores
executarem funções antes
feitas somente pelo
pensamento humano.

horas, o instituto vai usar software livre, um processador fornecido
pela AMD, soluções leves, e procura uma alternativa barata de display.
A máquina deverá ficar pronta no final de 2006. Não será vendida a
indivíduos, e sim aos Ministérios da Educação, para ser distribuída em
escolas. Cavallo, do MIT, também destacou que o laptop de US$ 100 não é
uma alternativa nem substitui o Programa do PC Conectado.

O
potencial do computador para permitir a visualização, expressão e
criação de idéias pode mudar a forma das pessoas se relacionarem com o
conhecimento, acreditam os pesquisadores MIT. Esse potencial ainda não
é utilizado, porque se acredita que computadores são apenas
dispositivos para comunicação e infor- mação. “É comum que as escolas
apenas transfiram para o computador métodos de educação obsoletos”,
explica Cavallo, que faz parte do grupo de pesquisa Futuro da Educação,
no Media Lab. Esse grupo estuda como as novas tecnologias tornam
possíveis novas formas de pensar, aprender e desenvolver. Cria
“ferramentaspara pensar” e estuda como elas podem gerar mudanças em
escolas, museus e comunidades carentes.

Idéias para os outros

Uma
dessas ferramentas é a plataforma GoGo, uma coleção de dispositivos
eletrônicos de código aberto, para uso educacional. A placa pode ser
usada para construir robôs, medir e armazenar dados ambientais,
conduzir projetos de investigação científica, criar controles para
jogos, instalações artísticas. Usa componentes de baixo custo, software
e hardware abertos.

O laptop de US$ 100 não tem a pretensão de
substituir qualquer outra iniciativa para ampliar o acesso à
computação. “Se alguém descobrir como conectar a internet na tevê, não
pare, vá em frente!”, estimula Cavallo, que lembra que o valor agregado
está na criação de conteúdo.

O maior propósito de ter boas
idéias é deixar outras pessoas usá-las, afirma Seymor Papert,
matemático, pioneiro da inteligência artificial e um dos fundadores do
Media Lab. Papert dedica-se a pensar como a tecnologia pode mudar a
educação. Em 1967, quando computadores ocupavam salas inteiras e não
havia sido inventado o PC, Papert falava do dia em que qualquer criança
poderia programar um computador. “Ele não pensava em como o computador
ensinaria às crianças”, observa Cavallo. Porque a idéia é exatamente o
contrário.

http://learning.media.mit.edu/
• Grupo do Futuro da Educação, do MIT. O site é em inglês, mas há link
para a página do projeto GoGo Board, que tem versão em português.
http://laptop.media.mit.edu/ • Informações sobre o projeto do laptop de US$ 100, em inglês.