De acordo com relatório do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), do Ministério da Ciência e Tecnologia, 69% dos que responderam a pesquisa são negócios independentes; os demais desenvolvem a atividade junto a estabelecimentos comerciais (como papelarias e lanchonetes) ou a residências.
Embora o relatório ressalte que a pesquisa não tem uma amostra estatística que indique o peso das lan houses em cada estado – a pesquisa foi respondida por associados da Associação Brasileira de Centros de Inclusão Digital (ABCID) que se interessaram em participar –, o relatório destaca que é representativa da forma de funcionamento e do tipo de serviço prestado por essas unidades. A lan house típica tem 13 máquinas, com menos de dois anos de uso, e espaço para abrigar até mais seis equipamentos, funciona entre 11 a 17 horas por dia, todos os dias da semana, atende de dois a oito usuários por hora, a maioria jovens, que ficam conectados na internet entre uma e duas horas por dia. O tipo de uso do computador mais frequente está ligado à educação/treinamento (ensino a distância, elaboração de currículos, trabalhos escolares) e a jogos.
Embora a pergunta se o empreendimento é legal ou informal não tenha sido incluída no questionário, porque seria muito difícil avaliar a veracidade da resposta, o IBICT, por outras pesquisas realizadas sobre o seu patrocínio, como o censo de lan houses feito no Maranhão, sugere, no relatório, que uma parte expressiva do universo de lan houses deve atuar na informalidade. Entre as sugestões apontadas pelo relatório, está o estudo de medidas para apoiar a formalização de lan houses, com simplicação das exigências para se abrir a empresa e outras facilidades. Um passo fundamental para que as lan houses venham a ser objeto de políticas públicas, caminho defendido pelo IBICT tendo em vista a sua importância para a inclusão digital, como observa Anaiza Caminha Gaspar, coordenadora do Mapa da Inclusão Digital. (Tele.Síntese)