06/10/2011
A informação foi dada Cristina Kiomi Mori, chefe do departamento de formação da Secretaria de Inclusão Digital do Ministério das Comunicações, durante palestra sobre inclusão digital no PNBL no 10º Wireless Mundi, realizado hoje em São Paulo. Segundo ela, a rede de formação do programa Telecentros.BR será aberto a monitores de centros comunitários municipais, parceiros do Ministério das Comunicações e do programa Gesac. As informações sobre a inscrição, que é aberta a todos os interessados,
estarão disponíveis a partir do dia 17 de outubro no www.telecentros.br.com e a inscrição deverá ser feita pelo coordenador da unidade parceria.
Segundo Cristina, a avaliação é de que o Telecentros.BR têm grande capacidade de formação, e portanto não deverá haver restrições ao número de monitores por unidade. A grande diferença em relação aos monitores do programa Telecentros.BR é que os monitores de centros comunitários e do Gesac não serão bolsistas. Essa formação se destina a voluntários ou
remunerados pelas próprias prefeituras, e a será de 160 horas, e não de 480 horas, como a dos bolsistas. Segundo a chefe do departamento de formação, a Secretaria de Inclusão do ministério vai rever os critérios de concessão de bolsas para que, no futuro, elas sejam concedidas também aos monitores dos centros comunitários e do programa Gesac.
A implementação do programa Telecentros.BR vem ganhando força desde a publicação do edital do projeto no ano passado, completando a criação (ou adequação, no caso de centros existentes) de 8233 telecentros em todo o
país, que contam com cerca de 12 mil monitores.
Segundo Cristina, a meta agora é formar 15 mil monitores de telecentro nos próximos 2 anos através de bolsas do programa Telecentros.BR. “Queremos oferecer bolsas também para telecentros comunitários e Gesac”, disse. Ela afirmou ainda que a Secretaria planeja, eventualmente, unificar esses projetos mais antigos dos telecentros comunitários e do Gesac, que fornece
banda larga via satélite.
Para Cristina, a alfabetização digital e o aprendizado para que o usuário se aproprie das tecnologias é tão essencial para promover a inclusão digital quanto o acesso a infraestrutura e equipamentos, especialmente em um país onde, até o ano passado, mais da metade da população nunca havia acessado a internet. Cristina destaca que esse número é ainda maior nas
classes D e E, onde 81% nunca acessaram a web. A meta do governo para 2015 é de que pelo menos 32% da população de mais baixa renda tenha acesso à banda larga, a partir do PNBL.
Esse conceito de inclusão digital também deve ser aplicado aos serviços públicos, que em muitos casos ainda não sabem lidar com a tecnologia além da promessa de WiFi gratuito. “Também queremos formar o servidor público, para enraizar essa cultura digital nos municípios”, disse Cristina. “Tem município que nem faz a lição de casa interna [de melhorar serviços e se
conectar) e quer oferecer WiFi gratuita na cidade inteira. Essas prefeituras estão loucas, não é viável economicamente”.