20140404 120105 tele

Telecentros de São Paulo: em busca das soluções

20140404 120105 tele 04/04 – Funcionários contatados pelo Idort vão receber os salários, enquanto Secretaria de Serviços faz proposta a  entidades conveniadas para um novo modelo de parceria.

Áurea Lopes

04/04/2014 – Cerca de 300 telecentristas se concentraram, hoje, em frente à Secretaria municipal de Serviços (SES) e depois em frente à prefeitura de São Paulo. Eles queriam respostas sobre as questões que ficaram no ar com a repentina ordem para fechar os telecentros do programa municipal, dia 1º de abril. Uma comissão foi recebida pelo secretário, Simão Pedro, e representantes da Coordenadoria de Inclusão Digital da SES. Os telecentristas foram informados de que o processo para pagamento de salários estava praticamente concluído, com a verba já destinada, faltando apenas que o Idort apresentasse uma Certidão de Tributos Imobiliários. No início da tarde, a assessora jurídica da SES, Elaine Rocha, disse que o documento já tinha sido entregue e estimou que os salários serão depositados até sexta-feira da próxima semana.

Ainda nesta tard20140404 120026 tele2e, a SES promoveu um encontro com cerca de 70 entidades conveniadas responsáveis pelos telecentros indiretos das regiões Leste, Norte e Centro. As conveniadas das regiões Sul e Oeste foram convocadas para segunda-feira, dia 7. No encontro, Simão Pedro apresentou uma proposta para que as entidades assumam a contratação dos monitores, os custos de manutenção e demais despesas dos telecentros diretamente, mediante repasse de recursos da prefeitura. “Dessa forma, vocês terão maior autonomia, poderão contratar quem quiserem, pegar pessoas da comunidade. E nós vamos capacitar essas pessoas”, explicou o secretário.

Em termos conceituais, a ideia foi bem recebida pelas entidades, que apontaram diversos problemas no convênio que vigorava com o Idort. Porém, o valor mensal proposto pela SES, de R$ 5 mil mensais, foi unanimemente considerado inviável. O orçamento calculado pela SES prevê R$ 2 mil para pagamento de um monitor. E esse foi o ponto mais criticado. Um funcionário que recebe R$ 2mil custaria para uma associação cerca de R$ 4 mil, considerando-se os encargos trabalhistas. Além disso, se o telecentro tiver um único funcionário, o que aconteceria no mês de férias, em eventuais faltas? Como ficaram os finais de semana? Nos espaços maiores, além de ser impossível um único funcionário dar conta do atendimento, há necessidade de uma pessoa na recepção, na limpeza… enfim, a lista de impedimentos é enorme.

Ao se retirar do encontro, depois de propor um fórum permanente de troca de ideias entre a secretaria e as entidades, Simão Pedro admitiu a possibilidade de rever os termos da proposta. Ele garante que não tem intenção de descontinuar o programa, mas também revela que não há planos para ampliação da rede de telecentros.

Mobilizados, os telecentristas se articulam, agora, para realizar um Seminário de Inclusão Digital. Convidada a participar da elaboração desse seminário, a SES já aceitou. A revista ARede também dará sua contribuição para essa construção que envolve a sociedade civil e o poder público. O Coletivo Digital é organização social que está lançando a ideia do seminário. Todos os trabalhadores de telecentros, entidades, interessados e ativistas estão convidados a participar. O seminário está previsto para acontecer dia 28 de abril, em São Paulo, em local ainda a ser definido. A reunião preparatória acontece dia 8 de abril, às 19h, no Coletivo Digital – R. Cônego Eugênio Leite, 1.117, São Paulo, SP, tel. (11) 3083-5134.

Telecentros de São Paulo: em busca das soluções

 

04/04 – Funcionários contatados pelo Idort vão receber os salários, enquanto Secretaria de Serviços faz proposta a entidades conveniadas para um novo modelo de parceria.

 

04/04/2014 – Cerca de 300 telecentristas se concentraram, hoje, em frente à Secretaria municipal de Serviços (SES) e depois em frente à prefeitura de São Paulo. Eles queriam respostas sobre as questões que ficaram no ar com a repentina ordem para fechar os telecentros do programa municipal, dia 1º de abril. Uma comissão foi recebida pelo secretário, Simão Pedro, e representantes da Coordenadoria de Inclusão Digital da SES. Os telecentristas foram informados de que o processo para pagamento de salários estava praticamente concluído, com a verba já destinada, faltando apenas que o Idort apresentasse uma Certidão de Tributos Imobiliários. No início da tarde, a assessora jurídica da SES, Elaine Rocha, disse que o documento já tinha sido entregue e estimou que os salários serão depositados até sexta-feira da próxima semana.

 

Ainda nesta tarde, a SES promoveu um encontro com cerca de 70 entidades conveniadas responsáveis pelos telecentros indiretos das regiões Leste, Norte e Centro. As conveniadas das regiões Sul e Oeste foram convocadas para segunda-feira, dia 7. No encontro, Simão Pedro apresentou uma proposta para que as entidades assumam a contratação dos monitores, os custos de manutenção e demais despesas dos telecentros diretamente, mediante repasse de recursos da prefeitura. “Dessa forma, vocês terão maior autonomia, poderão contratar quem quiserem, pegar pessoas da comunidade. E nós vamos capacitar essas pessoas”, explicou o secretário.

 

Em termos conceituais, a ideia foi bem recebida pelas entidades, que apontaram diversos problemas no convênio que vigorava com o Idort. Porém, o valor mensal proposto pela SES, de R$ 5 mil mensais, foi unanimemente considerado inviável. O orçamento calculado pela SES prevê R$ 2 mil para pagamento de um monitor. E esse foi o ponto mais criticado. Um funcionário que recebe R$ 2mil custaria para uma associação cerca de R$ 4 mil, considerando-se os encargos trabalhistas. Além disso, se o telecentro tiver um único funcionário, o que aconteceria no mês de férias, em eventuais faltas? Como ficaram os finais de semana? Nos espaços maiores, além de ser impossível um único funcionário dar conta do atendimento, há necessidade de uma pessoa na recepção, na limpeza… enfim, a lista de impedimentos é enorme.

 

Ao se retirar do encontro, depois de propor um fórum permanente de troca de ideias entre a secretaria e as entidades, Simão Pedro admitiu a possibilidade de rever os termos da proposta. Ele garante que não tem intenção de descontinuar o programa, mas também revela que não há planos para ampliação da rede de telecentros.

 

Mobilizados, os telecentristas se articulam, agora, para realizar um Seminário de Inclusão Digital. Convidada a participar da elaboração desse seminário, a SES já aceitou. A revista ARede também dará sua contribuição para essa construção que envolve a sociedade civil e o poder público. O Coletivo Digital é organização social que está lançando a ideia do seminário. Todos os trabalhadores de telecentros, entidades, interessados e ativistas estão convidados a participar. O seminário está previsto para acontecer dia 28 de abril, em São Paulo, em local ainda a ser definido. A reunião preparatória acontece dia 8 de abril, às 19h, no Coletivo Digital – R. Cônego Eugênio Leite, 1.117, São Paulo, SP, tel. (11) 3083-5134.